Os desequilíbrios nas relações sociais do Brasil sempre foram muito graves, porém não reveladores de tensão que pudesse abalar o statu quo das elites como no momento presente. A crise brasileira – administrativa, econômica, política e moral – é tão profunda atualmente que já começa a afetar os interesses no seio da própria elite, como vemos agora no embate entre o Congresso Nacional (através do Senado Federal) e o Judiciário (na instância do Supremo Tribunal Federal-STF) por conta dos interesses que ambas as instituições têm no âmbito do Executivo – pois é este que tem o controle do orçamento do Estado brasileiro. Porém, tudo isso só pode ser compreendido com base no entendimento do processo histórico, visto que a política traçada no Brasil sempre privilegiou, sobretudo, as elites econômicas e política em detrimento das classes subalternas. Esse processo sempre foi fonte de uma crise permanente, mas restrita aos segmentos sociais menos favorecidos. Esgotando as possibilidades de transf