O mundo do trabalho vivencia um novo ciclo de profundas transformações, desde a segunda metade do século passado. Tal ciclo no setor bancário brasileiro agudizou-se na última década do século passado, desde quando foram mais frequentes as fusões de bancos, o encerramento das atividades e as privatizações de outros, bem como a introdução de novos modos de organização do atendimento bancário, dos tipos dos serviços prestados, dos estilos de gestão e dos processos e tecnologias de trabalho. Todas essas mudanças econômicas e gerenciais desdobram-se em outras relativas nas relações de trabalho. Os postos de trabalho diminuíram. Para quem continua bancário, o medo da perda do emprego, a submissão no trabalho e a competitividade entre colegas acentuaram-se. A sindicalização reduziu-se e, com ela, decaiu o poder de barganha dos trabalhadores nas negociações coletivas. As expectativas de um emprego estável, com uma carreira de ascensão para a vida inteira, se enfraqueceram. Muitos bancários per